quinta-feira, fevereiro 21, 2008

?Idade dos Porquês?

Nunca pensei que estar presente na "idade dos porquês" de alguém fosse um desafio intelectual tão estimulante e, ao mesmo tempo, tão desencorajador! É fantástico apercebermo-nos da avidez de conhecimento duma criança ainda tão pequena, da vontade que tem de expandir o seu saber sobre o mundo em seu redor e sobre o que está ainda mais além...e, talvez, de tudo isto, o mais gratificante seja mesmo o ele ver em mim alguém capaz de lhe dar todos os esclarecimentos necessários para que consiga dormir descansado até ao despertar na manhã seguinte repleto de novas questões e dilemas.
Esta é toda a parte boa, agora a parte menos boa, a mais frustrante e até, por vezes, incapacitante! Não me considero propriamente um poço de sabedoria, sei dar algumas explicações, tenho alguma cultura geral e considero-me quase expert n'um ou dois pontos, nada de mais! Mas a verdade é que nem sempre consigo dar as respostas certas ou melhor, nem sempre sei quais são as respostas às perguntas que me são feitas com aqueles olhinhos brilhantes! É nesses momentos que desço à terra e me apercebo da minha pequenez neste ínfimo universo de conceitos e teorias díspares.
Contudo, esta situação também não é assim tão má, é uma questão de ler mais, de viajar mais, de prestar mais atenção aos pormenores; mau, mau é quando as perguntas não têm mesmo resposta, quando ainda não foram criadas as leis que as explicam, quando os conceitos ainda são demasiado abstractos para serem estudados e aí sim, fico sem saber o que dizer ou o que fazer e sinto que ainda há imensos passos para dar, imensas coisas para descobrir, infinitas classificações para fazer... e depois da frustração vem a esperança infantil de um dia poder contribuir um bocadinho para acrescentar uma vírgulazinha ao conhecimento que temos hoje.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Heart or Soul

"Quando o passado se mistura com o presente o que fazemos do futuro?"

Há semanas e semanas que tenho tentado responder a esta questão! Já fiz inúmeros rascunhos com o mesmo título, já fiz listas e listas com vantagens e desvantagens, já analisei os prós e os contras vezes sem conta e não cheguei a lado nenhum.
É quase ridículo como é que uma decisão que estava tomada há anos se tornou numa incerteza que me atormenta permanentemente e faz de mim uma pessoa muito menos objectiva do que de costume.
Sempre primei por ser muito concisa naquilo que queria, por não me desviar demasiado dos pontos fulcrais em que se baseavam os meus objectivos... mas que objectivos? Neste momento são quase imperceptíveis, penso neles e vejo-os distorcidos, dúbios, difusos e distantes.
Construí, eu própria, uma barreira entre mim e aquilo que em tempos foi um dos meus sonhos mais queridos, aquele que eu alimentei e criei com mais vontade e contra tantos comentários depreciativos e olhares admirados, aquele pelo qual os meus olhos brilhavam...tantas razões para deitar abaixo essa parede invisível feita tal e qual como as que fazem os mimos e, no entanto, não mexo um músculo para sequer tentar destruí-la...deixo-a estar...intocável, resplandecente como um diamante.
Viro-me de costas e olho para o outro caminho que se me apresenta, vejo tudo o que queria ver, está lá tudo o que me apraz neste momento, está lá algo muito próximo do meu sonho, mas não é "o tal" é uma "imitação barata" e é então que penso... será que por apenas 5 anos compensa?

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

As coisas boas da vida...

Dia 14 de Fevereiro, um dia maioritariamente dominado pelo consumismo, no entanto, mais uma vez o que acabo por sentir é que a vida é feita de momentos especiais! Especiais não por terem um custo elevado, não por serem do outro lado do mundo, não por não haver erros... especiais porque são coisas simples mas que nos fazem sorrir, palavras bonitas que nos fazem corar ligeiramente, gestos simpáticos que nos deixam um brilho nos olhos, beijos e abraços que nos enchem a alma!
Enfim... coisas simples e banais mas, ao mesmo tempo, tão perfeitas e únicas! Perfeitas não por nós sermos a perfeição em pessoa, mas sim porque juntos fazemos da perfeição uma realidade! Únicas como a(s) pessoa(s) que nos faz(em) sentir felizes; únicas, porque cada uma tem o seu encanto; únicas, porque não há duas iguais mesmo que sejam idênticas, há sempre um piscar de olho, há sempre uma troca de olhares, há sempre um arrepio na espinha que as torna diferentes! E são estas pequeninas coisas que deixam marcas e fazem com que pareça que temos borboletas na barriga!
"As coisas boas da vida não precisam de ser caras, são únicas...", porque esta é a mais pura das verdades, a simplicidade torna as coisas mais agradáveis, mais nossas! Porque se calhar a única coisa melhor que um filme e um almoço com direito a sobremesa, é um filme, um almoço com direito a sobremesa e uma ida à praia na Sicília... =)


segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Rascunhos

Após a "revolução" no blog, estava na hora de arrumar e organizar o espaço de arquivo... Tenho-me entretido entre posts e comments antigos, mas principalmente entre rascunhos de posts inacabados que nunca viram a luz do dia, fragmentos da minha alma espalhados por esta imensidão de textos, uns escritos com raiva, outros com ódio, com amor, com uma alegria exagerada, com segredos, com confissões, com pensamentos...um pouco de tudo o que percorre a minha mente diariamente mas que nunca foi transcrito para o papel com a qualidade necessária para merecer um lugar neste blog.

E o mais curioso é que todos esses pedaços de textos obscuros retratam de uma forma muito mais fiel os meus estados de espírito, os meus desejos e sonhos, do que os que desfilam quando uso o scroll do rato na página principal, talvez seja mais um indício da característica peculiar que me foi atribuída no dia em que nasci - o poder da omissão de verdades.

Nem sempre é fácil abrir os olhos de manhã e pôr os pés no chão, quando a vontade é dormir e continuar a viver no mundo imaginário dos nossos sonhos ou sorrir enquanto cá dentro nos sentimos completamente destroçados e incapazes de reagir. Ou então quando comemos algo que não gostamos fingindo apreciar muito para não fazer a desfeita a ninguém, enfim a vida tem destas pequenas coisas quer por educação, quer por auto-controle ou até mesmo por simpatia, acabamos por omitir verdades.

Mas há um pequeno pormenor que nunca nos engana: o olhar! Quando olhamos alguém nos olhos conseguimos perceber quase instantaneamente se estamos a ser enganados ou não, conseguimos perceber se está feliz quando tem aquele brilhozinho espontâneo nos olhos ou se está triste quando o seu olhar é baço e sem horizontes. Já diz o ditado "Os olhos são o espelho da alma!"...tem dias!


Este texto descambou completamente da sua intenção inicial (da qual já me esqueci também), enfim... talvez este também devesse permanecer nos rascunhos...ou talvez não!

domingo, fevereiro 10, 2008

O último ano

É o derradeiro ano, o último de todos, aquele que acaba daqui a 5 meses com uma viagem sem regresso, com um adeus definitivo a tudo o que me prende a esta cidade, casa, escola, pessoas, sítios, amigos adeus, foi muito bom mas acabou para sempre!

Era não era?! Mas não vai ser, não vai ser um adeus, vai ser um "Até já ;)"! Por muita vontade que a Catarina, a Maria e a Marlene tenham que eu as abandone e parta num comboio para Lisboa sem sequer lhes dizer adeus ("Miga nós amamos-te e vamos estar aqui para ti, sempre! Fala connosco =(" xD), eu não as vou deixar assim sem luta ^^, mesmo estando a 300, 400, 500, 600km ou quem sabe do outro lado do oceano *.*, por muito longe que seja eu vou voltar sempre!

Consegui conquistar tanta coisa em tão pouco tempo, consegui tornar segundos em coisas para a vida, consegui fazer amigos que mesmo não sendo de sempre são para sempre, consegui conquistar sorrisos, palavras, atenções, olhares, abraços, beijinhos...Enfim, conquistei coisas demais para as deixar todas de uma vez sem olhar para trás e se vocês não vierem comigo eu vou convosco, porque são vocês que me fazem feliz e porque foram as vosss lágrimas que me fizeram perceber o valor que tenho!
Catarina e Marlene, estão convidadas para um jantar de despedida! Maria, já te paguei um uma vez e ainda estou à espera do reembolso! =D




Podemos não ser as melhores pessoas do mundo, mas de nós eu sou a pior =D

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Já passou tanto tempo, já se passaram tantas coisas na minha vida e, olhando para trás com aquela vontade de reflectir sobre tudo e de analisar ao pormenor o passado, acabo por não conseguir reflectir sobre nada! A verdade é que por muito que pensasse e analisasse o que já fiz ia chegar sempre è mesma conclusão: não mudaria nada!
Cometi muitos erros... ó se cometi... tive uma oportunidade de começar do 0, um bónus dum nível que nem sequer tinha concluído, e agarrei-a com força mas sem lutar. Se calhar desisti dela depressa demais... ou se calhar fartei-me, como tem acontecido com tudo o que me passa pelas mãos e enfim... abri a mão e deixei voar essa oportunidade, em vez de a prender ao chão junto a mim para que a pudesse voltar a agarrar quando sentisse que tinha chegado a hora novamente.
Uma oportunidade como a que tive não vai voltar a aparecer, também não quero que apareça! Recuso-me a viver tudo outra vez, mesmo sabendo que poderia não cometer os erros que cometi, e porquê? Porque foram esses erros que foram dando cor, sabor, significado, luz e nexo a todos os momentos, a todos os segundos, a todas as memórias, recordações, sonhos...porque por vezes foram mesmo os erros que foram os momentos coloridos que me fizeram sorrir, que me fizeram feliz.
Até as coisas menos boas que fizeram feridas tão profundas, que ardem diariamente e só irão sarar quando o tempo achar que deve tratar delas, eu deixaria como estão, porque, afinal, foram elas que me fizeram não tropeçar quando estava prestes a cair outra vez no mesmo sítio onde as fiz, porque são elas que quando estou mal me lembram que já estive muito pior e que sobrevivi!
As coisas más servem para darmos valor às coisas boas e, assim, sentimos primeiro o amargo e o ácido mas depois...depois consolamo-nos com o doce paladar do que a vida tem de melhor, do seu lado bom que permanece na boca e que nos faz lutar por mais e melhor.